Vivo a espaços com a tua lembrança
sou um ser solitário sem o teu amor,
pra cá e para lá ando sem esperança
de que inda me venhas dar teu calor.
Sem teus mimos, não sou mais nada,
pois só teus carinhos me faziam feliz,
e eu caminho saudoso nesta estrada,
onde tudo que é real a mim se desdiz.
Não me deixes agora, inda há tempo,
não esqueças, peço-te, o que fomos,
dois seres, amantíssimos, ao relento,
em dias de verão, na praia os colmos.
Como fomos felizes nesses rasos dias,
onde a emoção nos trazia pelas mãos,
eu te dizia amor, e tu bem que sabias,
que era verdadeiro sem haver senãos.
Jorge Humberto
20/04/11