O anjo trafega na terra
Trocando a sua polaridade,
Às vezes dentro dessa matéria.
Corrompeu-se,
Embebedou-se e viciou-se
Em drogas pesadas.
Conheceu o seu lado
Negro.
E no negro permaneceu nas
Ruas...
Ébrio e maltrapilho.
Esqueceu o verdadeiro objetivo,
Sua linda feição
Tomou-se macabra e aterradora,
O lindo demônio no globo.
Porém a luz de onde originara
Está encoberta mais latente
No seu ser.
E o salva na última quimera
Em um só lampejo
Recobra a realeza
E salva o mais necessitado
No momento do holocausto.
Ganhando assim
A oportunidade de realçar
Sua candura e descobrir
O seu papel aqui.
O sol é visto bem próximo
Dos seus olhos celestiais.
Não mais aquele astral negro
com aquela limitação
que o seu algoz o mantinha em cárcere,
Não mais o prende.
Uma batalha de proporções
dantescas travasse na
Dimensão-tempo espaço.
Para destruir tais trevas,
É preciso sacrificar-se a salvar
Os menores na desventura de
Sua partida,
A tristeza dos queridos,
mesmo os amigos
Que guerrearam com ele,
choram mais felizes,
Sabem que eles alcançaram
Outra vez a luz.
A Plebe Poética:
Miguel Vieira, Ed.. Ribeiro e Antonio Rodrigues.