Preso as suas mãos, não sou o que sou,
E finjo ser, o que eu poderia ser...
O que por vontade, o tempo eliminou,
Modificando-me, sem que eu pudesse perceber...
Preso as suas mão, vejo-me em ternura,
Vejo-me sonhando os seus sonhos de amor...
Lambuzando-me na sua eterna doçura,
Amparado por seu espírito de flor...
Preso as suas mãos, eu sou mais livre,
Como a poesia que em mim vive,
E se põe a deflagrar...
Deixando o romance no ar,
Com a sinfonia de um único desejo,
Retratado na forma de um beijo...