Nas asas de um tempo infindo
Onde ousa ficar a espera
Se intromete o sentido
Resguardado da destemperança
Improfícua a qualquer olhar
Onde se oculta o prurido
Neste voo desconexo
Ansiando pela liberdade
Enquanto a espera foi mutilada
O porvir sem reflexo
Pela palavra que escorre
Entre as margens decepadas
O restauro não aproveita
O significado vertente
Impossível de igualar
Resultando a asa desfeita
Por entre a conta-corrente
Sem objectivo de se liquidar
António MR Martins
António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...