Estou aqui sentada a escrever uma carta, uma carta de amor que grita todo o amor que sinto por ti. Sabes amor? Talvez seja a primeira ou a única de muitas, nunca tive muito jeito para escrever cartas, muito menos para gritar o amor que sinto por ti. Guardo este amor tão nosso, só para nós os dois, este nosso amor que se torna imenso e intenso, não há palavras para o descrever nem poemas, como em qualquer amor que nunca se pode negar como o nosso, que se vê a anos de luz, tem telepatia, aquela, em que muitos humanos não acreditam, ela existe. Neste momento estou em ti como sempre, não estou presa, sou livre na beleza deste amor de Ícaro que nos mata aos poucos e nos faz viver no mais intenso sentimento. Sem saber se é meu, ou teu “sendo dos dois”. O grito que deixo aqui nesta carta distante, tem a velocidade da luz em que te encontro e por onde sempre me vais encontrar a mim, têm os beijos mais apaixonantes que dois enamorados podem dar. Amor. Enamorados? Sim. Porque não? Porque nunca o vamos deixar de ser, o que o nosso olhar não nega, e o corpo cega. Beijo-te. Aqui num grito dado em mimos de amor para acordar os teus lábios sedentos dos meus nesta noite tão igual e tão diferente que me faz gritar que te Amo. Amo-te. Vou fechar a carta como se fosse uma carta sensível, assim como o nosso amor, fecho esta carta que para sempre vai ficar dentro da nossa memória e do nimbo deste amor que guarda a caligrafia descritiva até à nossa morte. Não me despeço, porque não posso partir desta carta que foi descrita sobre o nosso corpo. Amo-te.
Cristina Pinheiro Moita /Mim/