Depois de longas noites
E poucos sóis
Ainda Sou...
Só...
Sozinho...
Solitário...
Solidão...
Poeta de macarrão
Faz calor mesmo no Maranhão
E o sol que sair
Em dias nublados
Nos labirintos pessoais
A cada passo celebro Antonio Maria
E bebo água pura dos reatores de Tóquio
E janto com o menino Muamar
Logo após o incêndio dos corpos
Ainda lembro-me da minha infância
Das punhetas escondidas
E da fome escancarada...
Miguel Vieira