No Colo
Tive visões oníricas
De desejo ou tesão
Meu corpo antes morto
Ressuscitou...
Tremendo queixo e mãos
Tornando tão duro... O absurdo
Importuno...
Rasgo categoricamente
As fumaças do tempo
Sinto o gosto da cerveja
Ainda passado...
Nas noites estreladas de luas sempre crescentes
E, novas
E nunca nascente
E com diz Belchior:
É amor de perdição
Perdido eternamente
Suspirando
E morrendo a cada
Dia de medo e solidão
Provando EU mesmo
Do fracasso
Arruinado na ilusão
De ser selvagem e liberto...
Pois sou escravo... E nada tenho... Além da dor.
Miguel Vieira