Deixou como lembrança a flor da laranjeira!
A flor estiolada!... Tamanha solidão...
Tamanha solidão é ela, assim, estação inteira!
A zombar de mim sem nenhuma compaixão...
Pelo vento da lembrança, a flor mirrada...
Mirrada qual verme que se arrasta pelo chão!
Levada pelo vento... Na invernada!
Que enregela - do pomar -, o coração...
Lembrar de ti a zombar de mim na escuridão,
É como lembrar da flor estiolada.
Que percebi - do laranjal -, cair ao chão...
E quando fenecer os entretons gris de solidão!
Nova flor há de renascer renovada!
Na renovada primavera do meu coração...
(® tanatus – 21/03/2011)