É outono e as folhas estão caindo
Todo o amor morreu na Terra
O vento está chorando com lágrimas de tristeza
Meu coração nunca vai esperar uma nova primavera novamente
Minhas lágrimas e meus sofrimentos são em vão
As pessoas são insensíveis, gananciosas e más...
O amor morreu!
O mundo chegou ao seu fim, a esperança deixou de ter um significado
As cidades estão sendo exterminadas, Estilhaços fazem música
Prados estão coloridos de vermelho com sangue humano
Há pessoas mortas nas ruas em todos os lugares
Direi outra oração silenciosa:
As pessoas são pecadoras, Senhor, elas cometem erros...
O mundo acabou!
Rezsõ Seress
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Ascensão
Hó horas que passei em minha janela
Tragando o ar que apenas entorpece
Se há ou não, ligação entre aquarela
Ou foi-se inutil, mais uma alma que padece
Seis e trinta e nove da manhã
deveria eu dormir,deveria me esquecer
É hoje meu amanhã
Tão feliz alma a morrer
Morrer dormindo
Num domingo
Morre sonhando
Aguardando
Sei que a morte é a unica certeza
mas ela é tratada com delicadeza
Deveriam com ela concordar
Mas por ela choram, pela morte chorar
Como uma certeza demora tanto a se mostrar
a ponto de fazer alguem,pela certeza buscar
duma janela saltar e acordar
Numa vida cair e respirar
Tragando a realidade numa ascensão...
Rezsõ Seress (3 de novembro de 1899 - 11 de janeiro de 1968) foi um pianista e compositor húngaro. Autodidata, aprendeu sozinho a tocar piano.
Tornou-se conhecido após a composição da canção "Szomorú Vasárnap" (Domingo Sombrio), composta após o termo de um relacionamento com sua namorada.
A canção ganhou fama por estar associada a uma onda de suicídios, embora não exista nenhum relato sobre isso à época (deve-se a fama às chamadas lendas urbanas). Após a canção se tornar popular, Rezsõ e sua namorada se reuniram brevemente. Pouco tempo depois ela suicidou-se.
Rezsõ Seress suicidou-se em Budapeste em janeiro de 1968, saltando de uma janela.
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Preciso eu dizer que fui inpirado?
mas retorno a nostalgia dentre uma das coisas que ainda me concede alegria..
Hoje é domingo
Missa e praia
Céu de anil
Tem sangue no jornal
Bandeiras na Avenida Zil...
Raul Seixas
A música