Mais um dia na vida de um homem que reúne todas as qualidades que o mundo os ensinou e que Deus as abominou.
As sete da manhã levanta ainda meio tonto e enjoado. Resquícios da noite passada na companhia do álcool e do cigarro, amigos estes inseparáveis, que ele faz questão de elogiá-los e declarar a quem quiser ouvir, o amor eterno que dedica a eles e sabe que é recíproco, pois eles o dedicam fidelidade e o acompanharam até a morte.
Toma um banho e esta pronto para mais um dia de pecados e afrontas a Deus. Ele não se dá conta que seus atos são profanos e contrários aos ensinamentos de Deus. Acha que é uma boa pessoa que não há nada de errado em sua conduta, afinal é normal viver assim, todos que conhece não são melhores que ele, conhece bastante pessoas que são piores. Ele vai a missa todos os domingos, ajuda mendigos com esmolas, apenas gosta de beber e de mulheres, isso não é pecado diz ele, o padre disse que se me confessar eu serei perdoado. Seu anjo da guarda já esta no milésimo livro de anotações dos seus atos mal enquanto o livro de atos bons não passou do primeiro.
O mundo torna as abominações em coisas normais o que hoje incomoda a consciência das pessoas, daqui há um tempo não incomodara mais, se tornará normal. Mas a lei de Deus não sofreu modificações, nem se tornou mais rígida nem se tornou mais branda. Continua a mesma desde sua entrega aos homens. Por mais que muitos queiram adocicá-la, ela não alterou seu sabor, quem a provou no início dos tempos, se tornasse a prová-la reconheceria seu sabor. Este homem bebeu um antibiótico de mesmo nome, Jesus, mas sua fórmula é outra. O nome do filho de Deus é usado para dar a impressão de veracidade, legitimidade. Mas é apenas aparência.
Chico de souza
Re: o homem
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