Que crença maldita no Amor
Eu tenho essa crença
Acredito que com ele, o sol brilha com outra cor
O mal torna-se em bem
Mas porquê?
Porquê, meu amor me fazes ao contrário?
Rasgas o canto as aves
Perturbas a cor, aquele meu azul
Que achavas que seria sempre preto.
Matas a minha voz e depois ris-te...
O Amor é como uma miragem,
Todos o vem mas só poucos o têm
E ainda não sei se o tenho.
Amor é algo como duas garras
Que entram em mim e...
E já não sei!
No meio de tanto erro
Tanta encenação
E maquilhagem, talvez
Já não sei se recuo ou se avanço.
Tenho medo...
Medo de me matar por alguém.
Mas ainda admiro as plantas
Que me sorriem
Ainda, penso que o céu é mais azul do que,
Propriamente preto.
Mas é tudo da minha cabeça
Todas estas contradições o são.
Mas olho-me no espelho
Aquele que me sorri
Está grita com clamor
Aponta-me o dedo
Troça de mim!
Pois voltei a cair
No Amor...
E como posso eu descrever-te mais?
Nem teu nome sei
Mas sei que existes...
Crença mórbida esta
De acreditar que todos são felizes
Ao conhecer-te
Ó assassino,
Amor
Pedro Carregal