Num Mundo de todos e de ninguém
Num Mundo de vidas,
Num Mundo que tanto tem
Num Mundo onde as verdades são esculpidas.
Onde as pessoas se manipulam
Onde se matam e ate degolam
Onde objectivos se tornam obrigatórios
Onde se fazem tantos actos inglórios
Revolta-me os que tanto se queixam
Os que reclamam mas nada fazem
Aqueles que podem ser felizes, e outros não deixam
Os que sofrem por nada ter de sofrer
Aqueles que tanto têm e mais querem ter
Outros que se resignam ao que são
E os que não lutam pelo que acreditam
Chateiam-me os que muito falam e nada dizem
Irritam-me “os senhores” da razão
Enervam-me os que reclamam de pão na mão
E ainda os que fingem fazer o que não fazem
Acho piada às modas
Aos que passam e ignoras
Aqueles que admiras sem conhecer
E os que detestas só pelo que aparentam ser
Chateia-me a repetição
Os que são aclamados por aparecerem na televisão
Os ídolos de ficção
E ainda os que cospem na própria mão
Gosto de originais
Os que não plagiam
E se tornam imortais
Revolta, é o que sinto
Por tantos defeitos encontrar
Mas não ser ninguém para os corrigir e apagar.