Tu recordaste ainda de quem eu sou,
que me entristece o que feliz me faz,
as noites, em que juntos, se abraçou
o amor, e do que a amizade é capaz?
Amor, sem amizade, a todos, renega,
é sol de pouca dura, blasfema é infiel,
e estar sozinho a nossa alma entrega,
e vamos por aí com a tristeza na pele.
Eis chamo-te a mim da minha lonjura,
lá onde tudo é distante, no horizonte,
buscando por buscar, tua tez e alvura,
o sorriso, destas águas, idas da fonte.
Onde tu sacias a tua sede e prometes
voltar para o nosso amor, que nos fez
únicos ante todos, e onde tu remetes
a nossa vida para amarmos outra vez.
Jorge Humberto
09/04/11