Minha é a culpa, pelo amor
que se foi,
minha é a solidão e todos os
pecados, que de mim te
afastaram, e
no correr dos dias só eu e o
espelho baço e oblíquo.
Minha a falta por te deixar ir,
para um outro mundo,
que não o que então vivemos,
meu o desleixo pela falha
de almejo,
e meu peito sangrando,
tem setas espetadas na carne.
Meu o delito, por não te
compreender,
meu o crime, pelo que esqueci
e de ti duvidei até à cegueira,
hoje sozinho,
espero dos céus a indulgência
e de que tu voltes para mim.
Meu o dano e o pecado por
não te escutar,
minha a saudade de ter-te aqui,
a meu lado, para nos amarmos
como antes,
minha a imputação de todo
o mal que te causei.
Jorge Humberto
08/04/11