Tornei-me cego pela insistência em olhar o sol, hoje discorro das misérias tão mais notórias entre os resquícios do meu eu.
Planejei minhas verdades singelas pra persistir em pé, incitando fantasia feliz em amontoado de escombros e mentiras.
É a dor meu vício; solidão, amparo à ordem das tragédias que me levaram a crença, ou a ausência
Melodia diz que "às vezes pensamentos machucam... será que podemos perdoar as feridas um do outro?"
Já perdi e recuperei os sentidos, na repetição conformismo domina.
Faz-se melancolia até a próxima onde tudo se multiplica, maior força, menos vida.
Clichês não encontram mais sorrisos, nem é tristeza razão somente do acaso.
Paranóia preenche os espaços vazios, e nada é tão real quanto meus delírios.
Sem nostalgia. Na música parecia tão fácil...
Agora os sonhos de olhos fechados são os que mais fazem sentido.
(Estou tirando do anonimato, este gênio, Itárcio L.A.; e tua majestade... A escrita. )