Deitado, fluem-me pensamentos.
Olho as paredes que me rodeiam
Todas singulares, todas iguais.
Duas janelas impedem-me
A fuga total do exterior.
Vejo sem querer ver Vida.
Estou vivo, morto por viver!
Desisti, sou fraco, não aguentei!
E agora?
Que faço?
Que penso?
Que direi?
Aguardo que as paredes me respondam,
Que os olhos fechados ouçam,
Que os ouvidos vejam,
Que as minhas mãos digam o que preciso!
Continuo esperando,
Vejo silêncio
Ouço nada
Estou só!
Preciso de algo,
Algo que não sei precisar
Que me faz falta para continuar!
Porquê isto? Porquê assim?
Tão confuso, tão estupidamente sujo
Tão Vazio de nada….
Quero um remédio, quero uma solução!
Mas…mas não o tenho… não a tenho!