Eu só queria, que minha sensibilidade,
Me desse um pouco mais de tranquilidade;
Que minha alma não se perturbasse,
Por tudo e por nada, e assim ancora-se.
Mas, não! não posso ignorar, o que se
Passa à minha volta… ainda assim que,
Para isso, eu tivesse de passar por cima
De meus ideias, ajustando-os ao clima.
Mas, poeta, não tem sossego mesmo,
E inda que diga que tal não o preocupa,
Vai na intempérie, de esmo a esmo,
Tentando descortinar novos caminhos,
Que o cargo, que solenemente ocupa,
Exige-lhe, ponha nos seus pergaminhos.
Jorge Humberto
21/09/07