Sonetos : 

Soneto à Admiração | Para o Manuel

 
Que aprisionam catacumbas
Em versos de teu ser
Se deles se trova o poema
Que te faz sempre sofrer?

(do mundo)
Desvias soturnamente
Um olhar tenuemente resguardado
Revelando-se triste e inalterado
O pensamento que alimenta a tua mente

Como nascestes isento de semelhanças
No direito que tens de ser igual
Na vontade que tens de ser comum?

Tão chorosa tristeza, e tão injustificada
Que acerca o teu designio, que altera a verdade
Do que te é ilusão, e do que me é realidade.




Crês erradamente na ilusão da tua imperfeição
Quando tudo de bom tens e os outros tem-te eterna admiração.


 
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R_cc26
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