SEM MÁGOA
Paulo Gondim
06/04/2011
Meus dias já se adiantam no tempo
Os arroubos da juventude se calaram
Ficaram só alguns traços na memória
Fragmentos soltos de longa história
Um ciclo aos poucos se fecha
No rito lento e natural da vida
A vida, às vezes, parece muito real
A vida sempre segue seu rito canibal
Mas há que se olhar para frente
Dos degraus que o passado construiu
O passado serve de aviso
De que viver, amar é preciso
No patamar que a vida se encontra
Até a pressa não faz tanta conta
Abro meus braços, estendo a mão
E sigo sob o comando de meu coração
Não carrego magoa, nem dissabores
Do jardim da vida, pego algumas flores
Levarei delas o perfume dos sonhos
Que vivi em grandes amores.
Paulo Gondim