O maior impasse nos relacionamentos é tentar projetar hoje o cenário que se pode ter amanhã, com o casamento ou uma vida a dois. Assim, é comum ver alguém que não leva um namoro a sério, tanto por parte das mulheres quanto dos homens (não generalizando). Às vezes, quando um deseja algo sério, outro não está pensando em algo mais fixo, quer mais diversão, mais carinho oportunista.
Vejo algumas situações, fico analisando e me pergunto porque uma mulher tão interessante estaria deixando várias boas oportunidades de lado. Se o carinha realmente gosta dela, deve mudar a postura diante da mesma, caso contrário não adianta ficar pensando em tê-la sempre a disposição. Se uma garota quer algo mais, deve procurar no seu atual namorado, se ele não estiver interessado em te dar um tratamento mais apropriado, acredito que não há razão para se manter esse relacionamento.
Quem quer carinho, deve se esforçar em dar carinho, sei que isso não é uma regra, mas as pessoas devem se esforçar para demonstrar a mesma atenção e o mesmo sentimento para com seu companheiro. Outra: vocês não devem passar tanto tempo sem se falarem, a distância corrói qualquer relação.
Algo estranho fica no ambiente, um certo quê de melancolia. algo assim, como se de repente, fugisse de nós toda a alegria. Entretanto, nada mudou: no coração o sentimento continua o mesmo e… Permanece com o mesmo encanto.
Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado!
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também… ISSO DÓI MUITO.
Se tem volta ou não, vai de encontro a um desejo que só pode ser mútuo. Há de ser uma permuta sentimental bem recíproca.
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, torna-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passa a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor de cotovelo’ propriamente dita. É uma dor que nos confunde: parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo. Sê feliz.
Se vai ser demorado ou não, também vai de encontro com preceitos de cada um.