Poemas : 

O POEMA CONTEMPORÂNEO

 

O POEMA CONTEMPORÂNEO

Os filósofos e cientistas
para expor suas teses
o fazem friamente, cientificamente...

Os poetas podem sublimar
a realidade tornando-a terna
e lírica...

Quando o poeta foge da ciência
é porque teme que ela roube
o encanto do poema...

Para dizer a complexa tese
de que o que a gente pensa que É
nunca é aquilo que gente pensa que É,
o Fernando pessoa sublima lindamente:
“Há só uma janela fechada,
e todo o mundo lá fora;
E um sonho do a gente poderia ver
se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê
quando se abre a janela.”

Fugir do real indo, apenas, para o lírico como:.
O luar prateado que entra pela janela da varanda,
O encanto dos casarões antigos,
pode ser um poema muito bonito,
mas do que me serve uma linda e valiosa pérola,
se ela está escondida para sempre
no fundo do mar ?...

http://www.goear.com/listen/0aa21bf/p ... s-maisca-declamacao-maria
 
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JBMendes
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Enviado por Tópico
acalenta
Publicado: 02/04/2011 13:13  Atualizado: 02/04/2011 13:14
Colaborador
Usuário desde: 25/08/2010
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Mensagens: 5389
 Re: O POEMA CONTEMPORÂNEO
olá bom dia JBMendes!

Boa pergunta!
Beleza de poema amigo adorei ler parabéns.

abraço fraterno

Acalenta


Enviado por Tópico
Betimartins
Publicado: 02/04/2011 13:39  Atualizado: 02/04/2011 13:39
Da casa!
Usuário desde: 25/06/2007
Localidade:
Mensagens: 304
 Re: O POEMA CONTEMPORÂNEO
Bom dia

Excelente poema, profundo, dignificando um grande mestre da literatura "Fernando Pessoa", emoções ao rubro, questões bem colocadas,palavras para quê?
Apenas se descobrir esta sua afirmação aqui "mas do que me serve uma linda e valiosa pérola,
se ela está escondida para sempre
no fundo do mar ?" Avise eu gostaria de saber a resposta.
Aplausos
Paz profunda
Beti


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/04/2011 12:31  Atualizado: 04/04/2011 13:29
 Re: O POEMA CONTEMPORÂNEO

todo poeta, é altaneiro, ou aventureiro, garimpeiro, forasteiro, navegante, cascateiro e cachaceiro, ou outros 'eiros' mais.rs. é cantado e contado em prosa e verso nos cancioneiros desde os tempos medievais, renascentistas, românticos. e agora está sendo o único responsável pelo poema nesta contemporaneidade, sabe-se lá até quando na eternidade.... na verdade o poeta nunca mudou, sempre preferiu ver as pérolas em cordões de muitas voltas; adornando a poesia. assim como aqui que se vê liberta, voando...

forte abraço ao amigo e poeta João, agradecendo a luz das realidades com seus textos.

zésilveira