Nu quarto, pintado de vermelho vivo
e tu jazendo nua na cama de cetim...
Um beijo quente põe teu corpo activo,
e num ápice estás tu em cima de mim...
Eu deixo-me ser tomada e comandada,
fecho os olhos e deixo-me ir na onda
enquanto a cama fica desconcertada
mais ainda depois de já ser redonda...
E de repente a cama sobe ou é efeito
da loucura que se apoderou do espaço?...
Mas sem medo deixo extravasar o leito
e deposito todo o prazer no teu regaço...
Mais morta que viva nem vejo a cama
a andar à roda numa doida vertigem...
E tu amor que bem urdis-te a trama
gritas e recomeças nova vadiagem!
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