Pela estrada, uma rosa caída foi o suficiente para me parar
Não pensei, mas os sentimentos comandaram meu coração
Humildemente a peguei em minhas mãos e a confortei como se fosse minha
Talvez não fizesse sentido pelos os olhos de um estranho, mas os meus se encheram de lágrimas nostálgicas...
As lembranças dos sonhos destruídos, vieram me atormentar um pouco... Somente um pouco
O perfume daquela rosa estava se esvaindo, fraco, por entre os meus dedos machucados,
Ela estava murchando e a tua cor se perdia para a dor que lhe feria profundamente.
Os teus espinhos não tinham mais força para, se quer, arranhar um coração...
Ela está morrendo ali em minhas mãos, implorando um pouco de atenção
E tudo o que lhe dei foi lágrimas que acariciaram tuas pequenas pétalas...
...e de uma pequena lágrima cheia de tristeza criou-se um orvalho frio que abraçou aquela rosinha tão meiga...
Mas não impediu tua morte tão prematura.
Com um suave beijo me despedi da querida rosa...
Enterrei-a com um pouco de compaixão e um choro sincero...
Um momento de silêncio e voltei a caminhar, deixando para trás a rosa que foi ferida pelo amor,
Mas que não conseguiu se salvar.
Foi contemplada em teu último suspiro e recebeu lágrimas de outrem,
A morte que iluminou tua silhueta foi nada mais do que uma dose da água divina que levou teu sofrimento...
...uma rosa que se esqueceu aqui, mas que acendeu uma estrela no céu da noite...
...deixe-a descansar, iluminada por um fino feixe de luz solar...
...fui me distanciando, levando tua ferida no meu coração...
Acho que estou apaixonada pela minha tristeza....