Parece que o tempo acalmou,
Todo o mal que cá permanecia,
E dificilmente desaparecia,
Finalmente o vento levou.
Vou içar de novo as velas,
Tenho o leme reparado.
Agora sim estou preparado,
Sonho e rezo, para de novo vê-las.
A novo porto cheguei,
Nem mais uma lágrima derramei.
É tão bom e fácil de louvar,
Esta linda pessoa que estou a amar.
As minhas amarras posso largar,
Confio nesta terra em que abraço.
Sei que aqui neste terreno pouco escaço,
Razões não terei para duvidar.
O barco já não estava,
Novo sol neste dia brilhava,
Ao longe chuva se aproximava,
De novo em lágrimas me afundava.
Este porto não era seguro,
Agora aqui estou preso.
À minha volta tudo é escuro,
Apenas na consciência, um peso.
Não devia ter confiado,
Muito menos os prazeres escutado,
Devia ter sido desconfiado,
Pois sim, agora não estava entalado.
Que mais posso exemplificar,
Para a minha vida demonstrar.
Um triste marinheiro sem o seu navio,
Consegue ser como eu, sem qualquer desafio.