Mãos nos bolsos caminho sem rumo
nem destino
onde deixar os meus passos concretos
e a afinidade para contigo,
que digo apenas em verso,
pois do teu longe não me ouves chegar.
Pálpebras abertas e os olhos fixos no
céu, aspiro por
uma palavra tua, que me encha o peito
e me traga a ânsia de te ver,
quando o tempo o permitir,
e sejamos um só: um só redigido amor.
E eu, no mais alto de mim, clamo a tua
presença,
e espero solenemente por um resposta
vinda de ti, de tua vontade,
na saudade que nos remete
para o tempo, que nos diz ou não o sim.
O sim desejado pelos meus anseios de
te voltar a ver-te,
sem armadura que nos cerce o anelo
e o ensejo um do outro,
de haver novos encontros,
o que nos faça lembrar os anos de paixão.
Jorge Humberto
31/03/11