Sonetos : 

Enxertia

 
Dormiu aos embalos do inverno
A árvore de forma franzina
Um braço que ao alto afina
Num canto já para ela terno

Sentido que é este suave perno
Da estação de todas menina
Já no caule seiva imagina
Um fluxo firme para governo


E é quando lhe dou certo corte
Quase como tirando-lhe sorte
E lhe enfio o prumo eleito

Assim fica ela enxertada
Quase reduzida a um nada
E eu com ela atada ao peito

 
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Almeida
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Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 31/03/2011 16:03  Atualizado: 31/03/2011 16:03
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 Re: Enxertia
fiquei a pensar na dualidade das palavras, muito bem.