Pelos campos
Verdes campos
Na corrida da natureza
Pedra sobre pedra
Desliza aquela que e bela
Na agua que purificada
Santa que santifica
De pé descalço
Tu que caminhas no mar
Nesse teu jeito
Como quem sabe amar
Valquíria da terra
Montanha por esculpir
Diz-me quem se entrega
Nesse olhar de sorrir
Quem escuta o agora
Quem teu corpo namora
Quem prova teu fruto
Doce amora
De pé descalço
Doce valquíria
Aurora do campo
Quem não te seguiria?
Teus olhos cintilantes
Nesta a hora
Em que o Relógio fica parado
A vizinha não demora
Sai agora sem demora
Capa preta
Na noite escura
Sai sempre alguém da rua
Vai agora sem demora
Ouve quem chora
Será o pensamento
Que vem distante
Chega mesmo, mesmo nessa hora
Não chega nem demora
Na paixão que se aflora
Valquíria
Chegando triunfante
Calmamente SERENA
Cavalgando ofegante
Dona do mais belo jardim
Em plena primavera
Descalça em águas mil
Dona de uma nova era
Não chega nem espera
Entrando sem bater
Abrindo sem fechar
O que de mais belo se pode amar
Ouve esta alma que te chama
Este coração que por ti grita
Sereno
Ouve a voz Apelo
Pois meus olhos estão a fechar
Pois meu corpo vai tombar
Nesses teus braços
E haverá sempre em ti
Um lugar sereno
Um cantinho pequeno
Para amar
Valquíria que chegas
Como sonho para sonhar
Amando como quem quer amar
Transformas o vento no tempo
Que se inicia sem fim
Libertando paixão
Com perfume de jasmim
E se eu te digo que sim
E porque tua morada caberá
Sempre no para sempre de mim
E aqui
Não em qualquer lugar
Ou vendaval
Ou em qualquer parte
Terás sempre meu sinal
Reluzindo todo o teu ser
Pois nunca pasmei nada ver
Mas deus!
Dos céus eu vi descer
Qual anjo querubim
Voando! Voando!
Em asas de cetim