Ah, do sepulcro, gritam os mortos,
não há mais respeito pelas gentes,
somos todos quais anjos tortos,
subtraídos plas sumptuosas mentes.
De minha pluma, sigilosos portos,
ainda buscam no mar as sementes
do trabalho árduo, cansados corpos
que a voz do patrão deixa carentes.
É preciso o grito, a voz e a liberdade,
mostrar ao tirano toda a verdade,
que quem labuta é homem honrado.
Para o opressor que mal acostumado,
por despeito e falta de consideração,
resta-nos o decoro, de coração na mão.
Jorge Humberto
29/03/11