Podes dizer que vês o rosa do nosso mundo,
rodeado de rios e oceanos,
em que vês água cristalina mesmo até ao fundo.
Dizes que vês o prado verde dos meus caminhos,
sempre rectos sem desvios,
sempre longos e bonitos.
Eu já não os vejo esguios
mas tu ignoras os detritos.
Detritos frutos do caos em meus prados.
Oceanos e rios eu vejo pequenos regaços,
caminhos tortos, cheios de tormentos,
já não consigo suportar estes ventos.
Como podes…
Como não vês…
Somos a destruição de uma verdade.
Somos a mentira de uma vontade,
vontade de ser uma realidade.
Fomos a diferença entre o bem o mal.
Fomos o ser diferente sempre igual.
Somos…
Mais um desastre natural.