Primavera gentil, com um toque de beleza pura
E um sabor subtil, em que cheiro de manhã o fresco orvalho
Misto de água límpida com um aroma irresistível a carvalho.
E mesmo sendo extremamente fria, esta doce manhã de Primavera
Me aquece no meu frio estado de louca agonia
Sentindo mesmo o doce aroma da húmida terra.
E por um breve momento até penso que te esqueço
Vivo só para este curto momento na vida
Louco momento para mim que já nem sequer o mereço
Numa vida que nasceu em mim da tua dolorosa e profunda hemorragia.
E caminho pelos nossos antigos caminhos percorridos
Com passos apressados, a luz já me falta aos meus tristes olhos
Mas são trilhos por mim já memorizados
Por mim seu eterno criador.
Porque nesta louca estação, tanto chove como faz sol
Tudo depende como se encontra o estado do meu louco coração
E sinto mesmo meu amor por ti resistir a morrer.
Maldita chuva fria, a mesma que o meu corpo antes nem sentia
Por estar abrigado dentro do teu porto de abrigo
Agora encontro me nu e ao relento, e encaro isto tudo como mais um castigo.