Decorre, de cada um, o carácter apelativo,
Que o amor requer… para seu apogeu…
Uns são que o acham por demais sugestivo,
Outros, simulando, não alcançam o céu.
Amar é, sobretudo, amar-se a si próprio,
Sem medo de vingar, junto da pessoa amada;
Torna-se, por isso, desnecessário e impróprio
Dar-se espaço à intriga, pérfida… e calculada.
Quem ama consente, deste o seu território,
Como quem desmente, de força sua,
O terrível e profícuo opróbrio, de algo irrisório.
Quantas vezes o amor não foi aqui mal visto,
Só porque concedeu ao verso, a palavra nua,
Tornando-se assim, por infortúnio, mal quisto?
Jorge Humberto
19/09/07