Só Deus saberá
o porquê da minha infância.
Vozes contundentes,
olhares duros,
águas paradas,
punhais ardentes!...
Só Deus saberá
o porquê dessa dor!
Dor-de-Infância,
dor-de-solidão,
solidão que gelou,
esperanças vãs,
coração que parou...
Nada me ficou
desse Tempo que lá vai,
apenas um nada sem fim
povoado de Memórias densas
dessa Infância que passou.
RICARDO LOURO
Ricardo Maria Louro