Sou lucifer,
filho do Deus Pai,
e de Maria Mãe,
no crepúsculo do arco-íris,
rompo as minhas asas,
aquelas que ninguém vê,
aquelas que só a minha sombra mostra,
e os Guias do além seguram,
ando de capa negra,
olhos prostrados no infinito,
um semi-sorriso frio e árduo,
de quem já viu o que era segredo,
ouço os murumurios dos que já foram,
vejo as sombras dos que erraram,
estendo-lhes as mãos...
faço minhas suas preces...
encarcero dentro do meu coração,
mil dores, mil pecados,
e nos pecados capitais,
desfaço as lágrimas em gotas de sangue,
essas que uso para regar,
a mais bela rosa negra,
aquela que vive de mim,
vive em mim,
vive por mim,...
aquela rosa negra...
carmim...
afinal...
só quero que o mistério,
seja o meu mais precioso mandamento,
e que a paixão me dê a vida eterna,
que o amor...
seja a minha biblia,
no aqui, ontem e além...
Alexander the Poet