O espelho de alma partidas
Reflectia choro,
Õutro choro de outras brutalidades,
Que em vermelho e negro me esqueci de amparar.
Eram as minhas lágrimas que ainda corriam
Nesse espectro sem amor,
O meu sopro de outra vida
Que eu olhava, fitava, sem rancor.
Toquei no centro dessa imaginação minha.
Seria?
Ouvi o deserto que corria lentamente
Espalhando o seco da harmonia
Pelas paisagens onde um dia já fui feliz.
Conti-me.
Pois a vida que agora escorre em mim,
É aquela que eu rejeitei.
È a da noite,
A do dia, é apenas um deserto
Onde só restam almas partidas.