Vi a dama encantada que viaja através dos tempos e dos mundos, pelos sonhos dos homens.
Era serena. Vestia um vestido longo, branco como a paz, de seda imaculada. Sorria na sua busca perpétua, tentando acalmar a sua ânsia. Os seus olhos brilhavam, como um cristal a reflectir a luz. Usava no dedo anelar, um anel muito antigo, feito na própria noite dos tempos. Montava um fantástico unicórnio alado de pelo dourado, que a levava onde ela queria.
Ela era sonho e eu também.
Ela desmontou do seu belo animal. Veio até mim e sorriu. Eu acariciei-lhe o rosto e sorri também.
“Para amar o abismo é preciso ter asas…”