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Poemas : 

O tempo morre

 
Tags:  vida    saudade  
 
No céu mesclo de azul
toca o eu perdido nas gotículas
nostálgicas das nuvens
e no brilho celeste do meu olhar
penso-te….

Os mares ausentam-se
nas cavernas terrenas
sou rio correndo agarrado
à noite lunar…
despido

Trago nas águas malhadas
o meu outro eu
aquele que cega e paralisa
no vácuo doloroso do tempo

E as mares voltam a encher
embebendo-me as veias
dilatadas de ti

Deixo pegadas de pés
na terra ausente
e no ar os aromas de todas as coisas
que me faz gente

Com rasgos de ternura
adormeço-me nos braços da vida

E o tempo morre nas minhas mão entrelaçadas



Escrito a 21/03/11

http://pedacosdaalma.blogspot.com/
http://saboreamo-nos.blogspot.com/
http://aromas-da-vida.blogspot.pt/


 
Autor
Liliana Jardim
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Enviado por Tópico
ÔNIX
Publicado: 24/03/2011 21:45  Atualizado: 24/03/2011 21:45
Membro de honra
Usuário desde: 08/09/2009
Localidade: Lisboa
Mensagens: 2683
 Re: O tempo morre
Há momentos que nos dizem tanto de nós nos outros e dos outros em nós, que não há caminhos sobrepostos, mas sim caminhos que se cruzam e nos dizem quando é a hora de poder ser outro caminho, ainda que o tempo nos diga o contrário

Um poema muito belo Lili

Gostei muito

Parabéns


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/03/2011 23:58  Atualizado: 24/03/2011 23:58
 Re: O tempo morre P/ liliana Jardim
Um poema de um lirismo fascinante.
O tempo intemporal morre nos caminhos bifurcados da vida para novos amanheceres. Cruzar-se-ão num tempo imaginário longínquo.

Do melhor que te li.

Beijo azul


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 25/03/2011 01:15  Atualizado: 25/03/2011 01:15
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: O tempo morre
Esse me fez entrar dentro de mim e sonhar com mãos entrelaçadas... Que lindo! bjs


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/03/2011 13:19  Atualizado: 26/03/2011 13:19
 Re: O tempo morre
*Amiga Poeta, talentosa, teu dom me deixa impressionada.
Tu colocas as incursões da alma em versos e me vi dentro do teu poema...
Sinto-me assim, em minhas mãos o tempo... escorrendo como areia fina, mesclado com a dor desse meu momento.
Mas sigo em frente!
Grata pelo apoio e carinho.
Ler-te é um privilégio para mim!
Beijos muitos e muitos
Ka*

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