Cada vez mais me encantam as pessoas,
que sofrendo horrores,
à sua dignidade e personalidade,
não se tornam amarguradas, antes
um suave rio, que pulula, até à sua foz.
Privadas dos seus mais elementares
direitos, que lhes assiste,
como a qualquer cidadão de bem-querer,
sempre uma palavra de simpatia e
um sorriso, lhes alinda a face, sofrida.
São pessoas humildes e altruístas, que
não têm mal nenhum consigo,
e sendo prestativas estão sempre prontas
a ajudar o próximo, na sua maior riqueza,
que é o ensinamento, que a vida lhes deu.
E a cobiça não lhes cabe, nem vivem de
rancores e futilidades,
que degenera os valorais morais de cada um,
transformando à vez as gentes, mas não estas,
que vos escrevo, que têm mãos de terra.
Normalmente são pessoas leigas, mas não
estupidificadas,
que vivem lutando para ser alguém e
trabalham ou estudam, para suprimir suas
falhas, a nível de concepções.
Vide concepções, como ideias e ideais,
de compreensão e imaginação e à faculdade
de conceber coisas, estas são pessoas
férteis nesses desígnios e aplicam-nos,
não ouvidas porém pela sua baixa casta.
São de nível social inferior, e trazem consigo
esse tremendo estigma,
que as entristece mas que não as faz virar
o rosto à luta diária, para serem escutadas,
nos seus ensejos, que é ajudar o vizinho.
Jorge Humberto
24/03/11