Que vida esta a minha, por onde vou
Fazendo das tripas coração,
Para escapar duma paixão
Que o vil sentimento já matou.
Foi triste a paixão que me cegou,
Que me fez esquecer o pregão
Dum amigo que me deu a mão,
Mão que este triste ser recusou.
Passo p’los caminhos mais escuros;
Meto-me por portas que me metem
Num labirinto de eternos muros.
Mas a mais luzente natureza
Salvou-me dos vis seres que mentem,
Retirando-me toda a tristeza.