Todas as manhãs vou ver,
Recém-nascidos frutos a crescer,
Da materna e delicada flor,
Que por amor, brota com dor.
Todos os dias crescem poucochinho,
Ganham robustez muito devagarinho.
Da seiva, sofregamente bebem,
E através das folhas se erguem.
Sua arvore ganha a cada dia,
A forma de taça que se veste verdejante,
Para elevar a vida ao patamar radiante.
Assim, apetece-me com meu olhar terno,
Afagar esse frágil fruto desprotegido,
A vê-lo dilatar no seu seio materno.
Manuel Lucas