Na tua asa corro o vento
Num beijo leve levanto o céu
Ergo-me…
Horizonte traçado nos teus olhos
Aberto tal pássaro, livre coroado
Única que tu
Olhas como a tal
E desejo como vês
Por ti imperial
Na tua asa corro o vento
Somo alma nas estrelas secretas
Respiro-te…
Nessa duna perdida do ser
Num universo sem aritmética
Na palavra que as marés não levam
«Antes teor que teorema, vê lá se além de poeta és tu poema»
Agostinho da Silva