No gelo banhei o corpo
Ajuda a meditar
Não há nada como o gelo
Para muito conservar
E no meio desse gelo
Uma joaninha a voar
Não sei para onde seguia...
Não sei o queria encontrar...
Só sei, que era sábia
Algo estava a ensinar
O ser forte, e resistir
Tem muito para contar
O tamanho não é força
Tudo pode fraquejar
Para alcançar o destino
Todos temos que voar
No medo o ser prudente
Não deixar de acreditar
Naquela mão que nos alcança
Na sorte de nos segurar
Pois o tempo sempre leva
Quem nele se vai tocar
E no passar desse tempo
Na espera, não desesperar
Na expectativa do tempo
Só o amor pode ensinar
Que o tempo recruta tudo
Mas conserva o verbo amar
Cristina Pinheiro Moita /Mim/