Sigo anuído o caminho demorado de meu destino.
Congito arvoredos de ideias, nem sempre bondosas.
Noutras, tudo é soberbo como a perfeição das prozas
Contidas no mais belo, idolatrado ou memorável hino...
Nuvens no céu azul dos sonhos, que indulto vê-las airosas,
Novas quimeras. Por momentos tudo me parece divino...
Harmonias me saltam ao ouvido. Acordo, então desatino.
Não deveria ser mudo o som de um violino sem cordas...?
É tudo ilusão, eu sempre soube, sempre vi...
O olhar vê beleza...? Como poderá ver o que não existe?
Mas nunca me vi cego para o poder contrariar...
Serenamente caio em mim, sempre caído vivi.
É ilusão, o conformismo que em mim insiste,
Em fazer-me sentir bem, com o que nunca senti...
Paulo Alves