MAQUINA(MENTE)
Davys Rodrigues de Sousa, Teresina – PI, 14 de Fevereiro de 2011.
Lúcida, é a razão existencial do ser!
O coração, que máquina seria esta?
O homem, a mente, o corpo, a alma,
O espírito, a carne, o sexo, o coração...
Tudo parte de uma complexidade humana
Inerente a sua própria existência!
VERSOS DE ÚLTIMO CÂNTICO DE AMOR E DE HUMANIDADE
Davys Rodrigues de Sousa, Teresina – PI, 14 de Fevereiro de 2011.
Amor, para que serve?
Se o homem o complica
E desfaz dele como um cachorro de rua.
Nas ruas, caminhando como criaturas abomináveis
E filhos malditos da carne e de sentimentos flagelados,
Os homens se vêem pequenos,
Porque suas vidas são miseráveis e sem esperança.
O que faria sentido em suas fúteis e hipócritas vidas,
Agora, jaz-se esquecido no mundo decadente
Em que eles vivem.
Bizarra é a fé humana,
Porque o homem é um misero descrente
Ou faz descrer aquele que, ainda, crê em algo.
Somos, todos, vítimas desta corrupção humana
E de nós mesmos.
A vida humana vale à pena?
Em outras meras palavras não-medidas,
Você vale à pena?
Faz-se algo em ti que mudará o mundo
E a consciência humana?
Você é a mudança do mundo
Ou inspiração para ele?
Que sentido, você vê para si?
Paupérrimo é o amor que subtrai o homem,
Que dizima a fútil desagradável ilusão de amar
E que subjuga a vontade de um
Com a vontade outro.
O que nós, bardos, aedos, poetas, profetas, vates,
Escrevemos sobre o amor e a essência humana
É pura fantasia, delírio, loucura, devaneio ou ilusão
Para que se haja algum significado singular,
Quero dizer, único à noção das coisas e sentimentos.
Esqueças!
O resto é invenção,
Ou simplesmente imitação.
A humanidade corre na pérfida alienação de humanidade!
Vedes o sol não nasce a todos,
Porque nem todos o podem enxergar
Em sua mirífica plenitude!
Que importância que reluta em sua virtude?
O homem abandonou seus ideais e senso de humanidade,
E agora, miserável em sua condição força-se
A ser vítima de sua própria vida.
O mundo foi abandonado,
Assim, perdido no complexo labirinto humano
E na corrida contra a humanidade!
O que Camões cantaria nos dias de hoje?
O último cântico de cisne lusófono bradaria
A cinzenta e agonizante sinfonia interior decadente do ser humano.
Davys Sousa
(Caine)