DEFINIÇÃO DO AMOR
(Davys Rodrigues de Sousa, Teresina – PI, 08 de Fevereiro de 2011 – para concluir)
A poesia e o caos disputam pela política do mundo
E pela humanidade tão morbidamente a profanar-se:
O amor perdido na ilusão do mundo!
O amor, este tirano tão antiético a atuar
Nos corações infelizes daqueles que buscam a própria felicidade,
Mas esta se já não está no caminho que escolhemos,
E não na vida que sonhamos.
O amor, verme a subjugar-nos em um escuro,
Frio, doloroso mar de aflições, angústias, mal-pensares,
Tormentas, ciúmes, culpas, remorsos, ressentimentos,
Feridas que não cicatrizam na alma,
Porque o homem esqueceu-se de si ao buscar em outro terreno
O afeto de outro.
Devasso é o amor ao tentar enganar o que não se sente,
Ao sentir e se enganar por não querer sentir
O que se sente como a evasão de sentimento sem sentido!
Será que o humano dentro de sua natureza tão inerte aos sentimentos,
Dentro de sua alma e espírito tão corrupto pela própria vida,
Será capaz de, de fato, amar?
Eis o amor, falso e cruel a romper a ingenuidade e a vida.
Eu te amo! – palavras infiéis ao coração.
No coração, a mente nos engana e subtrai!
Eis o amor, esquizofrenia da alma e da mente
Criada para projetar a ilusão para nossa existência!
Davys Sousa
(Caine)