É certo e sabido, que o presente
é aquilo porque nos devemos reger,
com olhos postos no futuro.
Quem passa a vida a olhar para trás,
sem um golpe de asa sequer,
não vive, sobrevive na obscuração.
Recordar é fazer do passado mais
do que o presente tem de útil,
como um sol que se foi pela noite.
Quais flechas as crianças são o
alicerce desse presente, rumando
ao dia do amanhã, com sabedoria.
Quem remói o passado colhe só
tristezas, solidão e um saudosismo
doentio, que os faz perder o rumo.
Não mais se acham e vestem-se de
negrume, nas palavras descabidas,
a um presente, que é escamoteado.
No presente, que é o nosso dia-a-dia,
devemos semear a raiz purificada,
que no futuro seja o fruto apetecido.
De aparências e enganos é o passado,
como conversa que se joga fora,
pela falta de relevância, da mesma.
Triste de quem assim vive, chorando
pelos cantos, em vez de tomar em
mãos o desenlace de sua vivência.
Ao passado o que é do passado (não
importa mais); no presente teremos
o alimento que comeremos amanhã.
Jorge Humberto
20/03/11