Lá longe muito longe
No cinza da penumbra
Adivinho a tua silhueta
De traços que me não são estranhos
Que neles vejo a minha marca
Lá longe no inicio da estrada
Que haveria de ser a minha
Por detrás de cúmulos alterosos
Que enchem os caminhos do tempo
Enxergo o teu perfil
Como me é grato ver-te assim
Num instante que se esvai
Sinto-te viveres em mim
Saudade que não tem fim
Eterna memória de meu pai
(19/03/2011)