CRAVO VERMELHO
Hoje ofereci um cravo vermelho
ao mendigo da minha Avenida
perguntou, e pediu um conselho
Se o cravo mudaria sua vida
Olhei para ele, e emudeci
Resposta esperava com ansiedade
Disse-lhe que nem não, nem sim
Mas falei-lhe de Liberdade
Ele deu uma gargalhada
E aí, eu não percebi
É que a dele, tinha sido roubada
Porque nunca a viu por ali
E ainda me disse mais
Liberdade é não mendigar
É amor, solidariedade, e outros tais
Que a ele não deixavam chegar
Mas ficou com o cravo vermelho
Com a esperança da vida mudar
E se hoje alguém se vir ao espelho
Aquele rosto pousadamente irá encontrar
de: fernando ramos