(Tela Gaivotas, de Jorge Marcovitch).
Infeliz gaivota
Que voava errante,
Perdida no céu...
Sem ter,
Não deu amor.
Mas hoje, velha ave
Que fraqueja:
És triste
E é triste
Ver-te assim:
Lânguido,
Sofrido,
Pois já não voas.
Como uma cobra,
Rastejas.
Lamentas triste,
Perdeste a beleza
E já não cantas,
Nem és sonhador.
(Ednar Andrade).