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A Carochinha vai à cidade.

 
A Carochinha vai à cidade. Conto Infantil

Era uma vez uma bonita joaninha, espera ai, por acaso estavas a pensar que era a formiguinha? Não é não, desta vez é uma bela joaninha que se chamava Carochinha, como era vaidosa e catita, toda ela era vermelhinha, com suas antenas pretinhas e sempre muito bem tratadas.
Ora a jovem Carochinha decidiu que o campo era para lavradores, como era toda altiva, sempre se julgava acima das outras Joaninhas. Uma amiga fez um vôo rente a ela que não gostou nem um pouquinho, zangada disse:
- Eu vou embora daqui, estou farta das vossas brincadeiras. Deixem-me em paz.
Saiu voando, velozmente e as outras desataram a gargalhadas dizendo unidas:
- Ai, não me toques que eu sou uma Condessa. Riam que só visto.
Carochinha estava zangada e sua mãe, perguntou:
- Então minha filha que aconteceu, esta tão zangada, filha.
Olhando para a sua mãe ela pergunta:
- Mãe, tu achas que eu sou bonita, mais bonita que as outras joaninhas?
Sorrindo, ela responde docemente:
- Claro que sim filha, é a mais bonita desta região.
Contente Carochinha, deixa sua mãe ir dormir pegando na sua sacola e sai sorrateiramente para a cidade. Cantava que só visto, entre pousos para descansar em belas margaridas, ou então nas orquídeas selvagens, nos cheirosos narcisos, ela não desistiu da sua empreitada.
Voando e imaginando encontrar vem já sabem um namorado da cidade, ela voa e encontra forças no seu pensamento para o desgastante caminho. Parou em uma bela pradaria, era uma imensidão de flores, não sabia em qual delas pousar, todas lindas e cheias de néctar e pequeninhos insetos para devorar.
Entre gargalhadas ela se balda em tomar banho de néctar na flor mais bela e cheirosa, voava com aquelas asinhas de fada e deixava-se cair em alegria desmedida.
Uma cigarra estava vendo todo o aparato, ria-se até que mete conversa com ela
- Então menina que alegria ver-te por aqui, já a muito que não tínhamos visitas tão bonitas, poderia saber teu nome.
Diz a cigarra.
Carochinha responde espantada e envergonhada.
- Quem és tu? Andas a espiar-me? Que fazes ai olhar para mim?
A cigarra ri e reponde.
- Calma eu já estava aqui quando chegou, menina, esta é a minha casa e tu? Nunca te vi por aqui. Afinal quem és tu?
- Ai! Desculpa-me eu fui mal educada, eu sou do bosque das borboletas e vou para a cidade. A propósito sou a Carochinha, encantada te conhecer.
Falou a Joaninha, mas a cigarra logo quis saber mais e perguntou:
- Carochinha, que lindo nome, é muito bonito, tu também és a joaninha mais bonita que até hoje vi. Prazer é todo meu te conhecer.
Carochinha quase parecia um pavão abrindo suas lindas asas e já meio enamorada pelos elogios que estava recebendo. Conversaram mas já eram horas de partir, Carochinha despede-se da cigarra e triste continua em direção a cidade.
Cheia de sede para num belo riacho que tinha águas límpidas, na suas bordas belas libe linhas voam, cantando felizes. Descansou um pouco e colocou seus pequenos pezinhos na água, até que sentiu um picar, tipo cócegas., assustada retirou-os da água e perguntou;
- Quem está ai? Aparece não tenho medo de ti.
Sai da água um lindo escaravelho, sorrindo para ela.
- Então Carochinha vai para a cidade? Tu não sabes que lá vais morrer? Desiste enquanto é tempo.
Falou o lindo escaravelho, de repente ficou triste muito triste. Ela pergunta zangada:
- Afinal quem és tu que queres de mim?
- Eu somente um escaravelho que foi enviado pelas amigas tuas, as fadas da floresta das borboletas, elas queiram te salvar e eu também, pois já a muito te observava.
Corou quando disse o que disse bem ele de uma forma se declarou. Joaninha, também corou e muito e perguntou-lhe:
- Tu não queres que eu vá para a cidade? Porque que te importa isso?
Corado ainda mais o jovem escaravelho fala que este, gosta da joaninha.
- Tu és tão bonita e quando te vi voando com as tuas amigas, nunca mais te perdi de vista. Eu gosto de ti.
A joaninha Carochinha até achou um belo bonitão e respondeu:
- Há! Está bem, mas só se nos casar, está bem?
Logo se casaram e formaram uma linda família com muitos pequenos insetos voando pelas pradarias.
Moral da história: a Carochinha podia ir atrás do seu sonho, conhecer a cidade, sabemos que ela morreria e afinal ela não queria casar e ser feliz? Digam lá se não foi uma bela escolha de vida...










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Betimartins
 
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