Não sei
E não direi a ninguém
Porque triste estou
Para onde vou
Disfarçado
Sorrisos lanço
Para desfazer pranto
Para que não me persigam
Pois sempre me obrigam
A chorar mais...
Fui eu
Que compus a minha vida
Em letras mal escritas
E em melodia
Que foi já de alguém
Fui eu
Que falei teu nome
Mas ninguém me responde
E apenas recebo
O teu triste olhar
Se sorrio
Por qualquer motivo
Me chamam de doido
Me gozam e oiço
As calúnias de sempre
Mas sei que sendo alegre
O sentimento bebe-se!
E eu saboreio
Desperto-me e venho
De onde ninguém foi
Fui eu
Que escrevi a aurora
Pintei a densa flora
E rasguei os ventos
Com as cores do mar
Fui eu
Que falei teu nome
Mas só tu me respondes
E sempre recebo
O teu belo olhar
E pintei o céu azul
Escrevi o amor no sul
Pintei as colinas de verde
E falei algum dia de mim
Fiz as plantas falarem
Vi todos a me amarem
Senti o teu simples olhar
Ai, é bom finalmente amar!
Pedro Carregal